PARTE 3
Já falamos em artigo anterior sobre a impossibilidade humana de obter salvação. Contudo hoje para finalizar essa série, vamos discorrer sobre algumas "teorias" religiosas ditas cristãs e veremos a respeito de suas doutrinas acerca da salvação, doutrinas essas pretensamente baseadas na Bíblia, mas que na prática tornam o sacrifício de Cristo incompleto, quando não desnecessário. O objetivo aqui é apenas dar uma visão geral sobre o assunto, pois o tema é vasto e esgotá-lo exigiria um tempo e um espaço que escapam da nossa intenção inicial ao pensarmos essa série.
Já falamos em artigo anterior sobre a impossibilidade humana de obter salvação. Contudo hoje para finalizar essa série, vamos discorrer sobre algumas "teorias" religiosas ditas cristãs e veremos a respeito de suas doutrinas acerca da salvação, doutrinas essas pretensamente baseadas na Bíblia, mas que na prática tornam o sacrifício de Cristo incompleto, quando não desnecessário. O objetivo aqui é apenas dar uma visão geral sobre o assunto, pois o tema é vasto e esgotá-lo exigiria um tempo e um espaço que escapam da nossa intenção inicial ao pensarmos essa série.
Comecemos analisando rapidamente o Mormonismo. Logo no seu credo básico, os 13 pontos, escrito pelo fundador da igreja, Joseph Smith, encontramos uma breve definição da Salvação Mórmon: Fé no Senhor Jesus Cristo, Arrependimento, Batismo para remissão de pecados e imposição de mãos para o Espírito Santo. A primeira vista parece extremamente fiel a nossa visão Bíblica, mas se tivessemos tempo de analisar com a devida atenção, veríamos que o Deus e o Cristo do Mormonismo não são os mesmos que a Bíblia revela e tampouco a obra expiatória de Cristo tem o mesmo significado. Basta citar um dos pontos do credo Mórmon como exemplo: "Cremos na coligação literal de Israel e na restauração das Dez Tribos; que Sião (a Nova Jerusalém) será construída no continente americano; que Cristo reinará pessoalmente na Terra; e que a Terra será renovada e receberá sua glória paradisíaca." Qual a base bíblica para acreditarmos nisso? Em tempos de indecisão quanto ao território de Israel até fazia sentido, mas hoje os judeus estão firmemente postados na sua Palestina e não vejo razão para de lá saírem.
Pois bem, a respeito da Doutrina da Salvação os Mórmons também são pródigos em inventar disparates, como exemplo cito o Batismo pelos Mortos. Supostamente embasados na Bíblia (Hebreus 6-1,2) os mórmons afirmam que "os que estão vivos fazem trabalho vicário para os seus mortos, e, assim tornam-se 'salvadores do Monte Sião' ". (Extraído d'O plano da salvação, P. 32). Vejamos o que diz a referência citada: Por isso, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até à perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, E da doutrina dos batismos, e da imposição das mãos, e da ressurreição dos mortos, e do juízo eterno. Hebreus 6:1-2
Em que momento se prega batismo pelos mortos? Certamente é um caso de má interpretação do texto. Convém citar também outro versículo neo-testamentário que erroneamente os mórmons citam para justificar esse ato: De outra maneira, que farão os que se batizam pelos mortos? Se absolutamente os mortos não ressuscitam, por que então se batizam por eles? 1 Coríntios 15:29
Analisando o contexto dessa passagem vemos que Paulo está doutrinando sobre a ressurreição dos mortos e usa nesse caso essa referência a esse tipo de batismo, praticado pelos pagãos da época, como uma refutação aos que praticavam tal batismo, mas não criam na ressurreição. Em momento algum portanto, Paulo "legaliza" o batismo pelos mortos.
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Segundo os Mórmons, após a ressurreição Jesus teria visitado um antigo povo que vivia no continente americano, povo esse que a História e a Arqueologia desconhecem totalmente |
Para o Catolicismo a salvação pode ser merecida, recebida ou atingida pelas obras de alguém. O Conselho de Trento diz, no Cânone XVIII: "Se alguém diz que os mandamentos de Deus são impossíveis de serem cumpridos, mesmo por alguém justificado e constituído na graça: seja um anátema".
Assim a igreja Católica instituiu os chamados sete sacramentos que devem ser seguidos para se obter a salvação. São eles: o batismo, a confirmação, a Santa Eucaristia, a Penitência, a Extrema Unção, as Ordenações Sagradas e o Matrimônio.
Além destes sacramentos ainda é necessária a realização de boas obras: como a freqüência a igreja, as missas, os rosários, jejuns, o uso de medalhas e crucifixos, as esmolas... E para completar o descabido absurdo o catecismo católico ensina que essas boas ações podem ser acumuladas e transmitidas aos outros conforme auferimos do Catecismo de Baltimore: "A satisfação superabundante da Abençoada Virgem Maria e dos santos é aquela que ganharam durante seu tempo de vida mas não necessitavam, quais a igreja atribui aos seus membros companheiros da comunhão dos santos".
Um último descalabro a respeito da salvação no catolicismo encontra-se na Doutrina do purgatório. Segundo o catolicismo o purgatório é um lugar intermediário para onde são enviadas as almas dos nem tão maus, a ponto de irem ao inferno, mas nem tão bons, para merecerem o Paraíso. Lá essas almas seriam purificadas pelo fogo, recebendo a ajuda das orações pelos mortos, das missas e das esmolas, daqueles que aqui ficaram. Desnecessário dizer que o único "embasamento bíblico" dessa doutrina vem dos livros apócrifos, o que por si só já invalida a tese.
Assim podemos concluir que a Igreja Católica é construída sobre um sistema de salvação pelas obras, sobre o mérito humano, e não sobre méritos apenas da perfeita e substitutiva morte de Jesus Cristo pelos pecadores. Portanto, o Catolicismo destrói o caráter puramente gracioso da salvação e substitui por um sistema de graça mais obras.
Assim podemos concluir que a Igreja Católica é construída sobre um sistema de salvação pelas obras, sobre o mérito humano, e não sobre méritos apenas da perfeita e substitutiva morte de Jesus Cristo pelos pecadores. Portanto, o Catolicismo destrói o caráter puramente gracioso da salvação e substitui por um sistema de graça mais obras.
Poderíamos abrir também um tópico específico sobre a visão legalista do Adventismo, que entre outras coisas afirma que a obediência aos mandamentos mosaicos, ali incluso a guarda do sábado, são requisitos fundamentais para se alcançar a salvação e que após o julgamento final o grupo dos pecadores (aumentado significativamente por cristãos que guardam o domingo) serão destruídos por Deus, inexistindo portanto um castigo eterno, mas tão somente uma "morte definitiva".
E ainda poderíamos nos deter nas ordenanças impostas a seus membros pela Congregação Cristã, práticas essas que convencionamos chamar de usos & costumes, mas que nessa denominação tomam forma de condição sine qua nom para se obter salvação. Mas entrando nesse assunto a "conversa" iria longe, pois afinal de contas doutrinar com base em costumes é prática usual de muitas outras denominações cristãs, inclusive muitas pentecostais, e como o objetivo aqui é mais geral do que específico deixo o tema para analise em outro artigo no futuro.
Então apenas para concluir a nossa argumentação creio ser possível perceber que muitas denominações pretensamente cristãs ao depositarem sua confiança em suas próprias forças diminuem a obra de Cristo e com isso fatalmente entristecem o Espírito Santo, cumprindo assim literalmente o exposto em Romanos 10.3: "Porquanto, não conhecendo a justiça de divina, e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus".
Que Deus nos dê graça e entendimento para que possamos levar a VERDADE para os que dela necessitam sempre lembrando o conselho do apóstolo Paulo: Aquele, pois, que pensa estar em pé, cuide para que não caia! 1 Coríntios 10:12
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